Reabertura da Sala de Leitura no Ato Freudiano – Segundo Semestre
Após um primeiro momento de silêncio e de espanto, com a eclosão da pandemia no país, e com a suspensão das atividades presenciais na sede do Ato Freudiano, foi inventado o espaço da Sala de Leitura como uma forma de relançar o trabalho na Escola. Trazendo textos diversos, a Sala permitiu que se mantivesse acesa a centelha necessária para iluminar, ainda que modestamente, o momento que atravessamos. Sem perder de vista a importância da sustentação do nosso laço de trabalho.
Em um segundo tempo, outros arranjos foram possíveis e hoje, algumas atividades vêm sendo gradativamente retomadas, mesmo que por hora, virtualmente.
Porém, entendemos que a Sala de Leitura tornou-se um lugar privilegiado para prosseguirmos em um trabalho que, desde o começo, deu a tônica do que pretendemos fazer. Uma abertura às múltiplas leituras, a ler o contemporâneo, a ler juntos.
É um espaço vivo que se interessa por aquilo que as interlocuções com outros campos do saber podem proporcionar à psicanálise.
Nesse sentido importa precisar a localização dessa atividade dentro do que nos propõe uma Escola de psicanálise em suas articulações enquanto ensino e transmissão. Talvez o caminhar do trabalho nos possibilite verificar isso melhor, a partir da dinâmica, do funcionamento desse espaço. No entanto, existe neste recorte do tempo algo que sinaliza a certeza antecipada norteadora de um desejo. Um relançamento que diz de uma aposta. Diante disso, trilhar, percorrer um caminho, que é justamente o que fazemos em uma leitura!
Clara Jaeger
Marina Valle
Juiz de Fora, 26 de agosto de 2020