Ler é ato, na medida em que deixa, como lastro, um resto. Mas para que tal projeto seja viável, é necessário que este instrumento, portátil e possível, o livro, esteja disponível.

Lacan adverte: “ler” não é o mesmo que “ler a letra”.

Lacan, em entrevista a Granzotto, diz: o analista dá “somente as respostas que incita seu desejo”. Esta fórmula lacaniana inspira à reflexão: “Como pegar o vivo do texto? O que um texto nos ensina?” Freud e Lacan produziram saber, ao lerem e construírem um saber próprio, a partir daquilo em que foram tocados.

A Biblioteca de Psicanálise Sigmund Freud, em funcionamento no Ato Freudiano Escola de Psicanálise de Juiz de Fora, possui um acervo vinculado ao legado freudiano e aos saberes que constituem o estofo do discurso psicanalítico. Para além do que Freud e Lacan nos indicam, seu acervo permite também o percurso próprio de cada leitor, estando aberta e membros e participantes desta Escola.